Um ano após as urnas de campanha impossível a vitória folgada em Ubatã

Reeleito em 6 de outubro de 2024, prefeito venceu por 17,51%, ganhou em 38 de 41 urnas e reorganizou o governo

Por Garcia Junior - Interiorano
06/10/2025 06h30 - Atualizado há 2 horas
Um ano após as urnas de campanha impossível a vitória folgada em Ubatã
Foto: Divulgação

Completa, nesta segunda-feira, 6, um ano da última eleição em Ubatã, no sul da Bahia. A disputa terminou com a reeleição de Tinho do Vale (PT). O resultado contrariou o clima prévio dos adversários. Pesquisas internas citadas por aliados indicavam o prefeito até 35 pontos atrás da segunda colocada e com 65% de rejeição. Nas urnas, porém a balança virou.

O placar registrou 17,51% de vantagem sobre a principal adversária, Simeia Queiroz (Avante). Foram 1.656 votos a mais. Em 41 seções, Tinho venceu em 38. Perdeu em duas, por margens curtas: oito votos em uma urna e seis em outra. O slogan da coligação — “Ubatã livre para seguir em frente” — virou mote da reta final.

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A reviravolta foi precedida por abalos no governo. Em maio de 2024, uma semana depois de anunciar na Rádio Povo que disputaria a reeleição, ouviu da adversária e ex-aliada a declaração de pré-candidatura. Em junho, às vésperas do período eleitoral, secretários deixaram a gestão e passaram a ensaiar apoio à ex-prefeita. Tinho reagiu. Na Rádio Povo, no fim de junho, anunciou mudanças no secretariado e disse que “oxigenaria a máquina” antes da campanha. A guinada ganhou fôlego com apoios estaduais e federais: Jerônimo Rodrigues, Rui Costa, Josias Gomes e Patrick Lopes.

No discurso derradeiro na Praça João Dudu, o prefeito definiu que a rejeição inicial da gestão foi carregada pelos ex-aliados. A leitura, baseada em pesquisas internas, era a de que a vantagem se consolidaria na semana final. Apenas um fato extraordinário mudaria o quadro.

Passado um ano, o Paço Municipal exibe a gestão 2.0. Em janeiro, Tinho oficializou a reforma administrativa. Luiz Gustavo assumiu Finanças. Diran Alisson, Planejamento. Urânio Andrade, Meio Ambiente e Recursos Hídricos. Paulo Longo, Administração. Joana Angélica, Educação. Gilmar Silva, Cultura, Esporte e Lazer. Maikel Douglas, Saúde. Maurício Pereira, Agricultura. Amanda Carvalho, Assistência Social. Nino Maragon ficou com Obras e Infraestrutura. Filipe Liger passou a comandar a Comunicação. Zé Piu assumiu a Chefia de Gabinete.

A agenda do primeiro ano pós-eleição mirou três frentes: estabilizar a base política, ajustar o fluxo administrativo e entregar serviços. Na narrativa do gabinete, “plantar sementes” virou expressão recorrente. A meta é transformar promessas de campanha em entregas visíveis para a população, da sede à zona rural.

O tabuleiro local também se recompôs. Apoios selados ao longo de 2025 aproximaram vereadores e lideranças comunitárias. O entorno do governo sustenta que a antecipação de alianças reduz incertezas para 2026. A oposição, por sua vez, tenta reorganizar quadros e narrativas após a derrota.

O saldo de 12 meses pós-urna é um governo reconfigurado e uma base coesa. A prova seguinte será de execução. No discurso oficial, Ubatã não quer ser “lugar de passagem”, mas “de parada”. O teste será cotidiano: obra entregue, serviço funcionando e contas em dia. É com isso que o prefeito busca sustentar, no segundo mandato, a virada que começou nas urnas. (Inteirorano)


FONTE: @reportergarciajunior
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