Em um processo que corre em caráter sigiloso, a defesa de Marcos Antônio Santos Chave – acusado de ser líder de uma organização criminosa com atuação em Ipiaú – se pronunciou, enfatizando que não teve acesso aos documentos que fundamentam as acusações.
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Conhecido popularmente pelos vulgos Coroa, 220, Juca, Playboy e Bruxo, o investigado está sendo apontado pela polícia como responsável por ordenar homicídios de rivais em cidades como Jequié, Ibirataia, Gandu, Barra do Rocha, Itagibá e Dário Meira, além de promover o repasse de fuzis, pistolas, carregadores, munições e drogas.
Fontes policiais também indicam uma possível conexão com uma organização criminosa paulista, o PCC, e o investigado teria dois mandados de prisão por tráfico de drogas e homicídios. Contudo, a defesa de Marcos afirmou categoricamente que o acusado não tem relação com os crimes apurados. Sem acesso aos autos devido ao caráter sigiloso do processo, a equipe defensiva reiterou sua confiança na inocência do investigado e questionou os elementos apresentados pela acusação.
Em seu posicionamento, a defesa destacou que “causa estranheza a alegação de envolvimento de Marcos nos fatos apurados”, sugerindo que os indícios apontados ainda não possuem respaldo suficiente para vincular o acusado às práticas criminosas investigadas.
A manifestação da defesa ocorre no contexto de um rigoroso trabalho investigativo conduzido pelas Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) da Bahia, em conjunto com as Polícias Civil e Militar, que já efetuaram diversas operações no combate ao tráfico de drogas e à violência na região.
Enquanto o Ministério Público sustenta a manutenção da prisão preventiva de Marcos com base em robustos indícios de autoria e materialidade, a defesa insiste que os elementos apresentados não comprovam de forma inequívoca a participação do investigado nos crimes.
O processo, cuja documentação permanece restrita em razão do sigilo legal, segue sob análise do Poder Judiciário, enquanto a defesa aguarda a liberação de informações que possibilitem uma análise mais aprofundada dos fatos. As autoridades seguem trabalhando na apuração dos fatos, e novas informações poderão ser divulgadas à medida que o inquérito avance.
Em contato com o site Interiorano, as representantes oficiais da defesa – Dra. Gal Barbosa e Clariana Costa, atualmente atuando no norte de Santa Catarina – não concederam declarações à imprensa. Elas ressaltaram que somente elas são responsáveis por posicionar a defesa do investigado, deixando claro que as declarações veiculadas pelo G1 não fazem parte da postura oficial e muito provavelmente se destinam a alguém querendo "surfar a onda" midiática.(Interiorano)