Servidor do Hospital Geral de IpiaúI é acusado de assédio moral
Servidores relatam humilhações e clima de intimidação; diretor da unidade nega omissão e garante ações de apuração.
Por Garcia Junior - Interiorano
18/12/2024 17h00 - Atualizado há 1 mês
Foto: Mateus Pereira/GOVBA
Um servidor de alto escalão do Hospital Geral de Ipiaú (HGI) está no centro de sucessivas denúncias de assédio moral, criando um ambiente descrito como insustentável para os trabalhadores da unidade. Fontes que preferiram não se identificar relatam que o servidor utiliza termos ofensivos, como "idiotas", para questionar as competências dos funcionários, além de gritar constantemente.
► NOVIDADE: faça parte do canal do Interiorano no WhatsApp (clicando aqui). As denúncias apontam que o comportamento abusivo não se limita a subordinados de hierarquia inferior, mas teria atingido até figuras de destaque no município, incluindo a esposa de um político influente na cidade. Apesar da gravidade dos relatos, os denunciantes afirmam que nenhuma ação efetiva foi tomada e que o servidor permanece no cargo, repetindo os comportamentos denunciados.
Funcionários, especialmente os contratados em regime temporário, relatam um clima de constante humilhação e medo. Alguns trabalhadores já foram vistos chorando nos corredores do hospital. As denúncias foram encaminhadas aos órgãos competentes do Estado da Bahia, mas, até o momento, o hospital e a gestão estadual não se pronunciaram oficialmente sobre o caso, gerando indignação entre os servidores, que clamam por respostas rápidas e eficazes.
O diretor do HGI, Daniel Dias, negou omissão e ressaltou ações já realizadas para combater esse tipo de conduta. "Os casos que chegaram ao nosso conhecimento foram devidamente investigados pelo Ministério Público Estadual e arquivados. Promovemos, inclusive, um seminário sobre ‘Assédio Moral e Sexual’, ministrado pela Corregedoria Geral da Saúde, com a participação da maior parte dos colaboradores", afirmou. Daniel ainda destacou que qualquer denúncia concreta será devidamente apurada e medidas cabíveis serão tomadas.
Apesar das declarações, o silêncio das autoridades competentes e a permanência do servidor no cargo mantêm a tensão entre os profissionais da unidade, que esperam por mudanças concretas e eficazes para reverter o clima de medo no hospital. (Interiorano)
FONTE: @reportergarciajunior