24/10/2024 às 08h06min - Atualizada em 24/10/2024 às 08h06min
PF deflagra operação para combater desvios milionários em Gongogi e outras cidades da Bahia
Mais de R$ 7 milhões teriam sido pagos a uma empresa suspeita de fraudes desde 2017.
Por Garcia Junior - Interiorano
@reportergarciajunior
Foto: Divulgação/PF A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (24), a Operação Pacto Infame, voltada para o combate a um esquema de desvios de recursos públicos e fraudes em licitações no município de Gongogi, no sul da Bahia. A operação também investiga crimes de associação criminosa e envolve contratos milionários na área de engenharia civil.
► NOVIDADE: faça parte do canal do Interiorano no WhatsApp (clicando aqui). Como parte da ação, estão sendo cumpridos 13 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal Cível e Criminal da Subseção Judiciária de Itabuna. As ordens estão sendo executadas em quatro cidades baianas: Itabuna, Ipiaú, Ibicaraí e Gongogi. O objetivo principal desta fase é coletar provas adicionais para fortalecer as investigações em andamento e identificar outros possíveis crimes e envolvidos.
Segundo a Polícia Federal, o esquema envolve processos licitatórios fraudulentos (direcionados) que beneficiavam uma empresa sediada em Gongogi. Nos últimos quatro anos, essa empresa firmou quase duas dezenas de contratos com a prefeitura local, recebendo mais de R$ 7 milhões em pagamentos. As evidências levantadas até agora indicam que o grupo investigado já estaria envolvido em práticas criminosas semelhantes desde o ano de 2017, estendendo suas atividades também a outras cidades da Bahia.
A operação é uma resposta às suspeitas de que uma rede de fraudes estava em curso há anos, causando prejuízos aos cofres públicos e comprometendo serviços essenciais para a população. As licitações direcionadas permitiam que os contratos fossem fechados de forma ilícita, sempre beneficiando a mesma empresa, que continuava a lucrar com contratos superfaturados.
A Operação Pacto Infame é mais um esforço da Polícia Federal para combater a corrupção em pequenas e médias prefeituras no interior do Brasil, onde muitas vezes os esquemas criminosos conseguem se esconder sob a aparente tranquilidade das administrações municipais.
Até o momento, a PF não divulgou o nome dos envolvidos, mas espera que a coleta de novas provas nesta etapa da operação permita identificar todos os participantes do esquema e garantir que os recursos desviados possam ser recuperados. (Interiorano)