Pastor Suspeito de Aplicar Golpes e Prometer 'Octilhão' de Reais a Fiéis Ostenta Vida de Luxo em Goiás

 

O Pastor Osório José Lopes Júnior, no centro de uma operação contra um grupo suspeito de aplicar golpes e prometer lucros astronômicos às vítimas, mantinha um estilo de vida luxuoso em Goiás, chegando a frequentar cultos de helicóptero. A Polícia Civil (PC) do Distrito Federal (DF) está investigando golpes financeiros que atingiram mais de 50 mil vítimas em todo o Brasil e no exterior.

A defesa do pastor alega que ele não está envolvido nas investigações contra o grupo e que Osório não tem conhecimento de nenhum mandado de prisão, já que ele está atualmente em lua de mel. Além disso, a defesa afirma que ainda não teve acesso ao processo e que desconhece as acusações. A advogada Maria José da Costa Ferreira diz que tudo deve ser um equívoco.

Osório já havia sido acusado de aplicar golpes milionários contra fiéis em Goianésia, região central de Goiás, em 2018. Segundo as investigações, ele e outro líder religioso alegavam em vídeos no YouTube que haviam recebido um título de R$ 1 bilhão, mas precisavam reunir fundos para resgatá-lo. No vídeo, ele afirmava que orou por um bilionário e, em troca, recebeu papéis de alto valor. Na época, o delegado responsável pela investigação, Marco Antônio Maia, revelou que Osório mantinha um estilo de vida luxuoso com cerca de R$ 15 milhões obtidos por meio de golpes.
 

Durante as investigações, Osório e o outro líder religioso foram presos e, no mesmo ano, Osório se tornou réu. Ele responde ao processo em liberdade e, após a mudança para São Paulo (SP), tentou evitar vítimas na região, uma vez que a polícia já estava investigando suas atividades. No entanto, graças às redes sociais, ele conseguiu enganar vítimas em todo o país.

Nesta quarta-feira (20), a Polícia Civil do DF deflagrou uma operação que visa desmantelar um grupo suspeito de aplicar golpes financeiros contra mais de 50 mil vítimas em todo o Brasil e no exterior. A investigação aponta que o grupo movimentou incríveis R$ 156 milhões em 5 anos, criando ainda 40 empresas "fantasmas" e utilizando mais de 800 contas bancárias suspeitas.

O grupo prometia aos investidores que, com um depósito de R$ 25, poderiam receber de volta a quantia de Um Octilhão de Reais. Além disso, ofereciam a oportunidade de 'investir' R$ 2 mil para obter retornos de 350 bilhões de centilhões de euros. A operação foi coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (DOT) do DF. (Interiorano)