Mãe denuncia troca de medicamento para filha em farmácia de Ubatã

Receita indicava bromoprida, mas farmácia entregou brimonidina, diz família; criança foi atendida no hospital

Por Garcia Junior - Interiorano
02/09/2025 15h43 - Atualizado há 11 horas
Mãe denuncia troca de medicamento para filha em farmácia de Ubatã
Foto: Garcia Jr / Interiorano

Uma mãe procurou a reportagem, na tarde desta terça-feira, 2, para relatar uma troca de medicamento que envolveu a filha de 4 anos, em Ubatã, no sul da Bahia. A criança havia sido atendida por pediatra em clínica particular por quadro de vômitos. A receita indicava bromoprida, de uso oral.

Ao sair da consulta, a mãe foi a uma farmácia na cidade e apresentou a prescrição. Segundo ela, a profissional no balcão entregou brimonidina — medicamento oftálmico indicado para glaucoma de ângulo aberto e hipertensão ocular em adultos — no lugar da bromoprida. Em casa, após a administração, a menina “ficou com o olhar revirado e dando suspiros fortes”, descreveu a mãe ao repórter Garcia Jr.

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Assustada, a família levou a criança ao Hospital de Ubatã. Conforme a genitora, a médica de plantão elaborou relatório mencionando “uso inadequado de medicações vendidas por farmácia”, com base no histórico informado. A paciente permaneceu em vigilância clínica das 14h às 19h30 e recebeu alta com orientações para hidratação. Não houve registro de convulsão, de acordo com o relato.

Brimonidina e bromoprida têm indicações distintas. A primeira é colírio, de uso ocular em adultos e prescrição específica; a segunda é fármaco por via oral, usado para náuseas e distúrbios gástricos. A confusão de nomes e apresentações aumenta o risco de eventos adversos, sobretudo em crianças.

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A legislação trabalhista e sanitária estabelece deveres ao empregador e aos estabelecimentos de saúde. Cabe à farmácia dispensar o medicamento correto, conferir prescrição, orientar o paciente e recusar a venda quando houver dúvida. Em caso de erro com dano, trabalhadores e gestores podem responder nas esferas cível, administrativa e, em hipóteses graves, criminal.

A reportagem preserva o nome da farmácia e da profissional citadas pela família, e mantém espaço aberto para manifestação. A orientação de especialistas é simples e preventiva: conferir nome do remédio, dose e via de administração; ler o rótulo e a bula; repetir em voz alta o nome do fármaco na entrega; e, diante de qualquer divergência, confirmar com o médico antes de usar, especialmente em pediatria. (Interiorano)


FONTE: @reportergarciajunior
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