Entre os presentes, estavam o rapper Marcelo D2 e representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
“A marcha é um movimento tão grande, com ampla presença da juventude, que é contra discriminação e preconceitos. E aí a gente falou: - por que não juntar essas pautas?. Levantar nossas bandeiras contra um Estado que é opressor, contra um latifúndio agressor, destruidor da natureza e contra o preconceito.”
Para Marcelo D2, é distópico que a maconha ainda não seja legalizada. O rapper também destaca o papel social da marcha.
“Eu acho que é um encontro de comunidade. É muito importante estar aqui, tá ligado? É meio distópico que em 2025 seja necessário fazer uma marcha para legalizar a maconha, para acabar com a violência. Enquanto quase toda a América do Sul tá legalizada, a gente tá aqui no meio ilegal.”
A cannabis apresenta um grande potencial medicinal, capaz de auxiliar em questões de saúde mental, como na ansiedade. Bekoy, que tem 41 anos e origem Tupinambá, aponta que o óleo contido na cannabis ajudou-a em sérias questões de saúde mental.
“Eu sofri abuso sexual até meus 32 anos de idade. Eu passei pela exploração e eu não sabia o que era aquilo. Eu vivi uma vida inteira de violência. Foi através da maconha que consegui viver. É por isso que eu estou aqui hoje [na marcha]. Para pedir a legalização. Vamos tratar a vida com essa planta. Essa planta salva vidas,” disse Bekoy.
A vertente “liberdade” se refere ao livre uso da maconha sem opressão de entidades. “Direito” diz respeito à legalização da maconha na lei. E a “reparação” aborda como é necessário justiça para aqueles que são acusados injustamente, sob o pretexto de crime de tráfico de drogas.
*Estagiário sob supervisão de Eduardo Luiz Correia
Por Agencia Brasil