De acordo com a instituição, o convênio ocorre há mais de 15 anos, com renovação anual, porém não foi renovado neste ano. O recurso estadual é responsável por cerca de 50% do orçamento da entidade, com cerca de R$ 1,4 milhão por ano.
"Nosso atendimento é 100% destinado a famílias que passam no SUS. Por enquanto estamos sem alternativa", explicou Heloisa Lima, coordenadora Financeira da Hope, à Agência Brasil.
O montante, que normalmente chega à organização não governamental em fevereiro, permite o atendimento de cerca de 150 famílias por ano. Segundo a coordenadora, sem o repasse, começará a faltar dinheiro para atendimentos a partir de maio.
A entidade recebe ainda apoio financeiro da prefeitura, doações e recursos decorrentes das vendas de um bazar. A Casa Hope, que funciona desde 1996, está localizada no bairro de Planalto Paulista, zona sul de São Paulo, próximo de centros hospitalares públicos de referência.
Procurada, a Secretaria Estadual de Saúde informou que a Associação Pró-Hope Apoio à Criança com Câncer não regularizou a documentação necessária para receber os recursos públicos, apesar de ter sido notificada diversas vezes.
"Sem a regularização por parte da entidade, o Poder Público fica impedido, pela Justiça, de repassar verbas à instituição. Mesmo diante da gravidade da situação gerada pela Pró-Hope, a SES segue em tratativas com a entidade para que ela apresente seu plano de trabalho. A Pasta espera que a associação disponibilize os documentos o quanto antes, permitindo assim que o convênio seja retomado sem prejuízo na prestação do serviço à população", informa a nota do órgão.
Em entrevista à Agência Brasil, mais cedo, a coordenadora da Casa Hope informou que a organização não sabia o motivo da suspensão do convênio e que buscou contato com a secretaria, mas não obteve explicação.
Por Agencia Brasil