A Seleção Brasileira de futebol masculino, que ao longo da história se destacou pela excelência e conquistas, hoje enfrenta um cenário repleto de desafios que afetam tanto seu desempenho quanto sua imagem no esporte global. Entre os principais obstáculos, estão a falta de uma organização tática efetiva, a escassez de novos talentos, especialmente nas posições de defesa e meio de campo, e uma evidente desarticulação entre os jogadores.
Além disso, a carência de técnicos qualificados é um fator que agrava a situação. Como bem observou Expedito Rigaud, ex-árbitro da CBF e fã ardoroso do futebol,
“nosso problema começa pela falta de um grande treinador. Temos bons jogadores para vencer uma Copa do Mundo, mas o comandante deve estar à altura de seus atletas”.
E Expedito Rigaud ainda comentou "ontem [terça-feira, 25] nós assistimos mais uma atuação vexatória da nossa seleção. O que era para ser uma solução, nas mãos do Dorival virou um problema. O equilíbrio de um time de futebol, está no seu meio campo. O nosso técnico tá invocado com o famoso quadrado, ele escala quatro atacantes e coloca apenas dois(volantes) no meio de campo, quando o processo deveria ser o inverso.
O grande diferencial não é um time que tem muitos atacantes, mas um time que ataca muito. Precisamos de um técnico com personalidade, que mesmo tendo seis bons atacantes, escolha dois para titularidade, e convoque os demais para compor o banco e servir como opção".
A crítica à fase atual da Seleção é incisiva. Especialistas e torcedores concordam que “o Brasil está em uma das piores fases da história da seleção”. Para que o Brasil recupere seu status de protagonista no futebol mundial, “a estrutura do futebol brasileiro precisa mudar”, afirmam diversos estudiosos. O futebol é um dos esportes mais adorados do país, e a seleção é um símbolo de identidade nacional.
Atualmente, a apatia do técnico, que parece não ter opções táticas eficazes, contribui para a confusão em campo. Jogadores como Joelinton, vindo do Newcastle, têm apresentado um desempenho abaixo do esperado, atuando como volante, é um jogador sem trato com a bola, um ex- centroavante do Sport Recife e do próprio Newcastle, sem a necessária conexão com o jogo, deixando um meio de campo carente de criatividade - a Argentina parecia estar com doze jogadores de linha. Jogou solto.
Assim, a cada dia, observamos uma Seleção Brasileira que já não encanta e apresenta um futuro incerto. A mudança de treinador e a renovação da equipe se tornam urgentes, pois, caso contrário, a seleção corre o risco de não avançar além da primeira fase da Copa do Mundo. É hora de um recomeço.
Por Wesley Faustino: pesquisador, historiador, escritor, autor do livro de contos "Causos imaginários e histórias que o vento nao leva", host do PodCastdoChefe, especialista em Gestão Pública e Gestão Ambiental e ex-vice-prefeito de Ubatã.