Ginásio de Ubatã completa 63 anos e celebra pioneiros da educação no município

Inaugurado em 1962, espaço se tornou marco educacional e deu origem ao Colégio Estadual de Ubatã; ex-alunos se destacaram como educadores

- Interiorano
19/03/2025 07h58 - Atualizado há 8 horas
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A fundação do Ginásio de Ubatã, em março de 1962, representou um divisor de águas na história educacional do município. O movimento, iniciado ainda em 1961 com o apoio de autoridades e moradores, permitiu o acesso gratuito ao ensino ginasial para dezenas de estudantes. O espaço viria a se tornar o Colégio Estadual de Ubatã (CEU), referência no ensino da região. Pioneiros como Flávio Gonçalves Dias e diversos professores, junto com os primeiros alunos, deixaram um legado que segue vivo até hoje. (Interiorano)

Em 1961, o prefeito do município de Ubatã, Arnaldo Azevedo, reconhecendo a necessidade de assegurar a continuidade dos estudos no nível ginasial, convocou uma reunião em outubro para discutir a criação do setor local da Companha Nacional de Educandário Gratuitos (CNEG) - movimento voluntário que ocorreu na década de 1950, com o objetivo de oferecer ensino secundário para a população carente do Brasil. 

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Este encontro ocorreu nas dependências do Grupo Escolar Rural Nossa Senhora da Conceição. Nesta reunião começou tudo. Durante a primeira reunião do Conselho Diretor Provisório, realizada em novembro de 1961, a Comissão Organizadora do Corpo Docente formada pelas professoras Jandira Rocha Silva e Silva, Carmem Rocha e Silva e Eunice Miranda Guimarães, apresentou os nomes dos professores selecionados para compor o corpo docente do futuro Ginásio de Ubatã: Português, Pastor Jerônimo Vieira Lopes; Matemática, Dr. Orlando de Souza Silveira, engenheiro civil, funcionário na construção da Usina do Funil; Francês, Helena Maria da Costa Araújo; Geografia, Eunice Pereira de Miranda Guimarães; Dr. Paulo Romero de Barros Machado, médico; Desenho, Heroilma Ferreira Tosta; Trabalhos Manuais, Jandira Rocha Silva e Silva; Educação Física Geraldina Dinah Amorim dos Santos, e Canto Orfeônico também pelo Pastor Jerônimo Vieira Lopes.

Flávio Gonçalves Dias, exercendo sua prerrogativa como presidente do setor local da CNEG, indicou o médico Paulo Romero de Barros Machado e Geraldina Dinah Amorim dos Santos para ocupar os cargos de diretor e vice-diretor substitutos do futuro Ginásio de Ubatã, que em uma cerimônia solene no dia 23 de fevereiro de 1962, no salão do cinema de Ubatã, entregou os certificados aos alunos aprovados no primeiro Exame de Admissão, um requisito para o ingresso no curso ginasial.

As três primeiras colocadas foram Antônia Dias Britto, Maria José Lopes de Lima e Raimunda Dias Brito, que juntos com outros 40 alunos fizeram parte da 1ª turma da 1ª série, que ingressaram em 1962, tornando-se um marco na história da educação ubatense. Em 19 de março de 1962, às 18 horas, ocorreu a inauguração do Ginásio de Ubatã, marcada por uma "cerimônia emocionante", segundo contou uma das alunas da época, Joanita Matos.

O presidente do Setor Local da CNEG, Flávio Gonçalves Dias, cortou a fita inaugural na presença de autoridades e educadores, proclamando: "declaro inaugurado o Ginásio de Ubatã, graças a Deus e aos homens de boa vontade", reconhecendo o apoio e as contribuições financeiras de diversos colaboradores, entre eles, Emílio Matos; Saturnino Faustino dos Santos; Rosalvo Matos; Elinor Peixoto; José Nascimento; Ranulfo Pinheiro Matos; Álvaro Bernardo Corrêa, Valdemir Liger; Jalmiro Rocha e Silva; Almir Clementino Muniz; Esmeraldo Ribeiro; Joselberto Avelar; Hamilton Fernandes Motta; Leônidas Pereira de Oliveira entre outros, todos desempenhando um papel fundamental na construção de uma base sólida para a educação em Ubatã.

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Entre os 43 primeiros alunos estavam Adair Assunção de Almeida, Agripino Rodrigues Filho(Rodrigão); Antônia Dias Brito; Áurea Conceição do Nascimento; Azenete André do Nascimento; Elisanete Caldeiras de Oliveira; Renato Zaga Catalino; Rosivaldo dos Santos Alves; Zenaide Gomes dos Santos; Walter Magalhães (Walter Bueiro), Jailson Souza Muniz; Eraldo Bartolomeu Cidreira Rebouças; Israel Quintino dos Santos; Marilda Ferreira da Nova; Rita Márcia Alcântara Azevedo; Wilson dos Santos (Glarkas) e muitos outros, que, com seu desempenho acadêmico, abriram portas para futuras gerações no campo educacional, incluindo alguns que tornaram-se professores, diretores e vice-diretores do Colégio Estadual de Ubatã (CEU), depois de formados no curso de Magistério em 1968 - apenas 13 dos 43 iniciantes.

É importante reconhecer e parabenizar todos os diretores, professores, funcionários administrativos, de limpeza e todos aqueles que contribuíram e continuam a contribuir para o sucesso do Ginásio, que em 1970, foi estadualizado no governo do prefeito Jalmiro Rocha e Silva e transformou-se no Colégio Estadual de Ubatã (CEU).

Por Wesley Faustino: pesquisador, historiador, escritor do livro de contos "Causos imaginários e historias que o vento nao leva, host do PodCastdoChefe, especialista em Gestão Publica e Gestão Municipal e ex-vice-prefeito de Ubatã.


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