Wesley Faustino anuncia novo livro com 40 contos sobre os 'causos de Tabocas'

Livro reúne 40 histórias escritas desde 2023, ambientadas na fictícia cidade de Tabocas, onde o absurdo e o humor se misturam em narrativas marcantes.

Por Wesley Faustino - Interiorano
04/03/2025 11h16 - Atualizado há 3 semanas
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Em Tabocas, uma cidade fictícia, o prefeito nomeia o cavalo do sobrinho como servidor público. O pagamento, feito em pacotes de aveia, levanta questionamentos sobre a gestão de recursos e gera reações divididas entre os moradores. (Interiorano)

Preparem-se, leitores! Estou prestes a lançar meu mais novo projeto: o livro "Causos imaginários e histórias que o vento não leva". Sim, é isso mesmo! Uma coletânea de 40 contos que venho escrevendo desde 2023, como quem cultiva um bonsai – com paciência e, às vezes, um pouco de ansiedade. Finalmente, o sonho ganhou forma e papel! 

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E como eu não sou de guardar segredos, aqui na coluna Olhar do Chefe, vou dar um spoiler de um dos contos que vai fazer os taboquenses (sim, eles existem, pelo menos na minha cabeça) se sentirem em casa. Preparem-se para mergulhar na fabulosa cidade fictícia que é o cenário da maioria dos causos. E quem sabe, depois de ler, você até pensa em visitar Tabocas, a capital dos causos que o vento esqueceu de levar!

O servidor público mais fiel de Tabocas

Em Tabocas, aquela típica cidadezinha do interior onde tudo pode acontecer, o prefeito e sua família já eram conhecidos por suas proezas administrativas criativas. Mas, desta vez, eles se superaram. A história começou com uma ideia inusitada do prefeito: se até o sobrinho, conhecido por não fazer nada da vida, tinha um cargo público, por que não garantir o mesmo privilégio ao cavalo dele?

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E assim, o cavalo foi oficialmente “contratado” pelo setor da educação. A justificativa? “O animal é útil, ajuda no transporte e pode até ensinar sobre a vida no campo!” Ninguém viu o cavalo puxando uma charrete com alunos ou participando de atividades escolares, mas quem se atreveria a questionar a palavra do prefeito?

O mais engraçado dessa história toda era o salário do cavalo. Nada de dinheiro. O pagamento do servidor equino era feito em pacotes de aveia, entregues religiosamente no sítio do sobrinho todo mês. O povo, claro, não perdoou. As piadas começaram a circular na praça:  "É o único funcionário que recebe sem reclamar!” ou “Pelo menos, ele trabalha mais que o sobrinho!”

O cavalo, indiferente à polêmica, aproveitava sua nova condição. Bem alimentado, com o estoque de aveia sempre em dia, vivia uma vida tranquila, longe do agito político. Já o sobrinho, cheio de orgulho, defendia o cargo do animal: “Ele merece. É um servidor fiel, nunca faltou um dia de serviço e ainda ajuda muito!”

E assim, a história se espalhou pela cidade e ganhou até os municípios vizinhos. Uns riam, outros se indignavam, mas todos concordavam em uma coisa: em Tabocas, o absurdo nunca tem limites. Enquanto isso, o cavalo segue como um exemplo inusitado do serviço público brasileiro – fiel, alimentado e, acima de tudo, sem nenhuma preocupação com cortes de orçamento. 

Por Wesley Faustino: pesquisador, historiador,  escritor, autor do livro de contos Causos imaginários e histórias que o vento não leva, host do PodCastdoChefe,  especialista em Gestão Pública e Gestão Ambiental e ex-vice-prefeito de Ubatã


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