Avião comercial e helicóptero militar colidem no ar em Washington deixando 63 mortos

O choque entre um Bombardier CRJ700 da American Eagle e um UH-60 Black Hawk do Exército dos EUA resultou na queda de ambas as aeronaves no rio Potomac.

Por Garcia Junior - Interiorano
30/01/2025 08h47 - Atualizado há 12 horas
Avião comercial e helicóptero militar colidem no ar em Washington deixando 63 mortos
Foto: Andrew Harnik / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
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Na noite de quarta-feira (29), um avião comercial da American Eagle colidiu com um helicóptero militar Black Hawk próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington, D.C. Ambas as aeronaves caíram no rio Potomac, e até o momento, não há relatos de sobreviventes entre os 60 passageiros, quatro tripulantes e três militares a bordo. Autoridades federais e militares investigam as possíveis causas do acidente, incluindo falhas de comunicação, problemas técnicos e fatores climáticos. O episódio reacendeu debates sobre a segurança do espaço aéreo e o compartilhamento de rotas entre aeronaves civis e militares. (Interiorano)

A colisão entre um avião comercial e um helicóptero militar na noite de quarta-feira (29) próximo ao Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington, D.C., deixou o espaço aéreo dos Estados Unidos em alerta.

A tragédia, que envolveu um Bombardier CRJ700 da American Eagle e um UH-60 Black Hawk do Exército dos EUA, resultou na queda das aeronaves no rio Potomac, sem registros de sobreviventes.

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O voo 5342 da American Eagle partiu de Wichita, Kansas, com destino a Washington, transportando 60 passageiros e quatro tripulantes. O Black Hawk, identificado pelo sinal de chamada PAT25, realizava uma missão de treinamento na região. O acidente ocorreu por volta das 22h48 (horário de Brasília), poucos minutos antes da aterrissagem do avião comercial.

 

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De acordo com registros de áudio divulgados pelo portal LiveATC.net, as últimas comunicações do helicóptero indicam que a tripulação do PAT25 não demonstrou sinais de emergência antes do impacto. Um piloto de outra aeronave que testemunhou a colisão entrou em contato com o controle de tráfego aéreo, questionando: "Tower, você viu isso?"

Após a colisão, os destroços das aeronaves caíram no rio Potomac, dificultando os esforços das equipes de resgate devido às baixas temperaturas da água e à correnteza intensa. O Corpo de Bombeiros de Washington mobilizou embarcações e helicópteros para localizar corpos e fragmentos das aeronaves. Segundo a imprensa americana, até a última atualização, 19 corpos haviam sido recuperados.

O Aeroporto Ronald Reagan teve suas operações temporariamente suspensas, causando atrasos e cancelamentos de voos em todo o país.

Diante da magnitude da tragédia, o Pentágono e a Administração Federal de Aviação (FAA) abriram investigações para determinar as causas da colisão. Três principais hipóteses estão sendo analisadas:

Falha de comunicação no controle de tráfego aéreo: o espaço aéreo de Washington, D.C., possui restrições severas, exigindo protocolos rigorosos para operações simultâneas de aeronaves civis e militares. Um erro de coordenação pode ter levado o Black Hawk a invadir a trajetória do avião comercial.

Deficiência nos sistemas de alerta e prevenção de colisão: as aeronaves comerciais são equipadas com TCAS (Traffic Collision Avoidance System), projetado para detectar e evitar choques no ar. Investiga-se se o sistema falhou ou se as tripulações não tiveram tempo de reação.

Fatores meteorológicos: apesar de a visibilidade ser considerada boa na noite do acidente, ventos fortes ou turbulências podem ter contribuído para a aproximação inadvertida entre as aeronaves.

O acidente gerou intensos debates sobre a segurança do espaço aéreo nos Estados Unidos. Especialistas alertam para o risco crescente de colisões entre aeronaves comerciais e militares, principalmente em regiões de grande fluxo aéreo.

“A necessidade de compartilhamento do espaço aéreo entre civis e militares exige regulamentações mais rígidas e melhor coordenação”, afirmou o ex-controlador de tráfego aéreo John Simmons.

As autoridades esperam recuperar as caixas-pretas das aeronaves para obter detalhes cruciais sobre os minutos que antecederam a colisão. O governo dos EUA deve apresentar um relatório preliminar nas próximas semanas, detalhando as primeiras conclusões sobre o acidente.

A tragédia envolvendo o voo 5342 da American Eagle e o helicóptero Black Hawk evidencia falhas que podem comprometer a segurança do espaço aéreo em regiões de tráfego intenso.

A investigação em andamento busca não apenas esclarecer as causas do acidente, mas também estabelecer medidas para evitar futuras colisões. Enquanto isso, as famílias das vítimas aguardam respostas, e o debate sobre novas regulamentações para o setor aéreo ganha força nos Estados Unidos. (Interiorano)


FONTE: @reportergarciajunior
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