BNDES libera R$ 200 milhões para Intelbras ampliar acesso à internet no Brasil

Financiamento via Fust fortalece pequenos provedores e impulsiona inclusão digital em áreas carentes.

Por Garcia Junior - Interiorano
30/01/2025 08h18 - Atualizado há 12 horas
BNDES libera R$ 200 milhões para Intelbras ampliar acesso à internet no Brasil
Foto - Divulgação
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O BNDES aprovou um limite de crédito de R$ 200 milhões para a Intelbras S.A., dentro do programa BNDES Fust Comercialização, que utiliza recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). A iniciativa busca apoiar pequenos e médios provedores, levando conectividade a regiões carentes e expandindo a inclusão digital. Além disso, o fundo tem sido utilizado para investimentos em escolas, unidades de saúde e favelas. Especialistas avaliam o impacto da medida e os desafios para garantir uma distribuição eficiente dos recursos. (Interiorano)

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um limite de crédito de R$ 200 milhões para a Intelbras S.A., dentro do programa BNDES Fust Comercialização, que utiliza recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust).

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O objetivo é financiar a comercialização de equipamentos de telecomunicações para pequenos e médios provedores, promovendo a descentralização do setor e garantindo acesso à internet em áreas carentes.

 


A decisão faz parte de um conjunto de iniciativas para ampliar a inclusão digital no Brasil, alinhada à estratégia do governo federal de democratizar a conectividade até 2026. Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, a medida busca reduzir as desigualdades regionais no acesso à tecnologia e fortalecer o setor de telecomunicações.

A parceria com a Intelbras é considerada estratégica, pois reforça o papel da empresa na ampliação da infraestrutura digital do país. Com 48 anos de atuação no setor tecnológico, a Intelbras mantém sete unidades produtivas no Brasil e exporta para diversos países da América Latina. O financiamento do BNDES permitirá que pequenos e médios provedores adquiram equipamentos modernos, ampliando sua capacidade operacional.

De acordo com Rafael Boeing, diretor-superintendente financeiro da Intelbras, a iniciativa impulsionará a inovação e garantirá maior acesso à internet para milhões de brasileiros. Atualmente, pequenos e médios provedores são responsáveis por levar internet a mais de 60% dos municípios brasileiros, muitas vezes preenchendo lacunas deixadas por grandes operadoras.

No entanto, esses prestadores enfrentam dificuldades financeiras e estruturais para expandir suas redes. O crédito aprovado pelo BNDES busca minimizar essas barreiras, promovendo maior competição no setor e incentivando a inovação.

Uso estratégico do Fust

Criado em 2000, o Fust foi concebido para financiar a universalização dos serviços de telecomunicações no Brasil, mas sua aplicação prática sempre enfrentou entraves burocráticos e limitações na execução. Apenas nos últimos anos o fundo começou a ser utilizado de forma mais eficiente, permitindo a realização de projetos estratégicos.

Atualmente, o BNDES é o único agente financeiro com um Plano de Aplicação de Recursos (PAR) aprovado, viabilizando a execução de projetos com impacto direto na conectividade da população. Além do financiamento para comercialização de equipamentos, o fundo tem sido aplicado em escolas públicas, unidades de saúde, favelas e áreas rurais. Também há investimentos para recuperação de infraestrutura em regiões atingidas por desastres naturais.

Desde outubro de 2023, o BNDES já liberou R$ 1,72 bilhão para projetos vinculados ao Fust, distribuídos em 551 municípios de 25 estados. Entre os principais resultados, destacam-se:
  • 767 mil residências beneficiadas diretamente;
  • 120 comunidades e 680 favelas conectadas;
  • R$ 228 milhões investidos em educação, levando internet para 1,7 mil escolas públicas e beneficiando 612 mil alunos.
Apesar dos avanços, especialistas apontam desafios importantes na gestão dos recursos do Fust. A burocracia para liberação de financiamento, a necessidade de maior transparência e a demora na implementação dos projetos são algumas das questões que exigem ajustes para garantir eficiência na aplicação dos fundos.

Outro ponto crítico é a infraestrutura desigual no país. Enquanto grandes centros urbanos contam com tecnologia de ponta e alta velocidade de conexão, muitas cidades do interior e áreas rurais ainda sofrem com a baixa qualidade dos serviços ou mesmo com a ausência de cobertura. (Interiorano)

FONTE: @reportergarciajunior
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