Ubatã é tão rica em cultura e personagens únicos que parece ter saído diretamente de um roteiro de comédia! Entre os célebres moradores, temos Gileno Silveira, um ex-vereador, desportista e protético que chegou à cidade na década de 1970.
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E quem se esquece de João Antônio Oliveira Pereira, o lendário goleiro que "defendia até pensamento"? Seu nome oficial pode não ser uma atração, mas suas defesas espetaculares o transformaram em um verdadeiro super-herói dos gramados, sem precisar de capa.
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Já Adailton Assunção da Silva, zagueiro da seleção ubatense e do Flamengo, ainda encontra tempo para brilhar como percussionista. Mas, claro, você os conhece pelos apelidos: Humaitá, João Mamão e Tututa.
A arte em Ubatã também tem seus ícones: o baterista Bodogó, o cantor Neguinho do Reggae, e o pintor Barriga, cuja habilidade transforma paredes comuns em verdadeiras obras vibrantes, dignas de aplausos até das estruturas que ele decora. E os nomes de batismo, quem sabe?
Um episódio hilário, que ilustra a cultura ubatense de apelidos no salão que sou cliente há 19 anos. Ao cortar o cabelo com Fábio do Salão Fábio K'orts e, ao pagar via PIX, fiquei surpreso ao ver o nome "Aremilton Santos da Silva". Rindo, Fábio explicou: "Nem minha mãe me chama assim!" Ainda mais curioso é o caso de um barbeiro famoso como Gringo, que cortou cabelos por mais de 40 anos sem que muitos soubessem seu nome de batismo.
Faleceu há anos e seu nome continua um enigma. Recentemente, enquanto a cidade ainda se recupera de chuvas intensas e lida com a troca de lâmpadas queimadas nas ruas, os moradores descobriram que o secretário de Obras, Jaquisson Mendes Brito, é ninguém menos que o Nino Maragon.
E, como se não bastasse, até uma cadeira de salão de beleza dos anos 60 carrega histórias: Dedé, ou melhor, Israel Sampaio, e Fábio, que permanece como "Aremilton" apenas no RG.
Em Ubatã, saber o verdadeiro nome de alguém pode ser mais desafiador que resolver um quebra-cabeça! Há quem conheça o vendedor de farinha Piqui há décadas e ainda não saiba seu nome real. Já Roberto Miranda dos Santos só é reconhecido pela família de Paulo Silva e por Serginho Araponga, mas, para o resto da cidade, ele é o jardineiro Cotheba.
E os empresários Zé e Dudu de Aldo? Na verdade, são Fernando José Aderne Azevedo e Aldo Azevedo Filho, mas seus apelidos falam mais alto. O mesmo vale para o finado Nil de Aldo e Xeleu de Aldo, cujos nomes oficiais seguem sendo um mistério para a maioria.
A lista de apelidos em Ubatã parece um desfile de criatividade e humor: Leno Santana, Som, Quinha, Bacalhau, Bereco, Au da Au Net, Cacareco, Bileu, Zé Ratinho, Gazo Segurança, Gazo Carteiro, Tilinha, Ton, Tuca, Tarugo, Sapo, Zé do Ouro, Louro do Trio Elétrico, Tenão, João Corongo e o taxista Zé Cabeludo. Entre tantos, ainda temos Gazinho, irmão do ex-jogador Gilmar, e os irmãos Chan e Café, além de figuras como Daí da Carne, o finado Buia do Som, e Kate, irmão de Cleanto, que já foi por anos apelidado de Pardal até descobrirem seu nome de registro civil.
Em Ubatã, o nome é só um detalhe. A verdadeira identidade está nos apelidos, que carregam as histórias, as memórias e o coração dessa cidade única. E você, leitor, já descobriu o nome verdadeiro de algum conhecido? Se não, está na hora de embarcar nessa divertida investigação!
Por Wesley Faustino: pesquisador, historiador, escritor, host do PodCastdoChefe, especialista em Gestão Publica e Gestão Ambiental e ex-vice-prefeito de Ubatã.