A safra de grãos da Bahia em 2024 deverá registrar uma queda de 6,8% em relação ao ano anterior, segundo a nona estimativa do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada em setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A previsão aponta que a produção deve chegar a 11.319.015 toneladas, uma redução de 829.043 toneladas frente ao recorde de 12.148.058 toneladas em 2023.
► NOVIDADE: faça parte do canal do Interiorano no WhatsApp (clicando aqui). Essa retração na produção agrícola baiana reflete um cenário desafiador, com queda significativa no rendimento de cultivos essenciais como o milho e a soja. A produção de milho, por exemplo, deverá ter a maior queda entre os principais grãos produzidos no estado. A 1ª safra do milho está projetada em 1.551.090 toneladas, 34% menor do que em 2023, quando foram colhidas 2.349.720 toneladas. A 2ª safra do milho também seguirá a tendência de queda, com uma previsão de 700.000 toneladas, 6,1% a menos que o ano anterior.
No caso da soja, que responde por mais de dois terços da produção de grãos na Bahia, a queda esperada é de 0,4% em 2024, com uma produção estimada em 7.532.100 toneladas. Essa leve redução é atribuída principalmente à queda no rendimento médio da cultura, que passou de 3.972 para 3.707 kg/hectare (-6,7%). A soja continua sendo o carro-chefe da produção agrícola baiana, mas a diminuição no rendimento pressiona os números globais da safra.
Por outro lado, o algodão herbáceo, outro grão de grande relevância para a economia do estado, apresenta uma perspectiva mais otimista, apesar de uma leve revisão para baixo entre agosto e setembro. A previsão é de que a Bahia produza 1.768.800 toneladas de algodão em 2024, 1,6% a mais do que em 2023, mantendo o estado como o segundo maior produtor nacional do grão, responsável por 20% da safra do país.
Mesmo com a previsão de queda geral na safra de grãos, a Bahia ainda deve manter a 7ª posição entre os maiores produtores de grãos do Brasil, respondendo por 3,8% da produção nacional. Estados como Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul seguem liderando o ranking de produção, mas a Bahia continua sendo um polo importante na agricultura brasileira.
As autoridades e produtores baianos estão atentos aos desafios climáticos e econômicos que podem impactar ainda mais os resultados ao longo do ano, mas a expectativa é que, com ajustes e investimentos, o setor continue a ser um motor da economia estadual. (Interiorano)