16/09/2024 às 13h00min - Atualizada em 16/09/2024 às 13h00min

Rua da Tropa, marco de infraestrutura em Ubatã, se torna Patrimônio Histórico

Construída entre 1946 e 1948, a rua se destacou como símbolo do desenvolvimento urbano da cidade.

Por Wesley Faustino - Interiorano
Rua da Tropa - atual Ramiro Herbert de Castro

Entre os anos de 1946 a 1948, a rua da Tropa, hoje rua Ramiro Berbert de Castro, mais conhecida como rua do Pula Pula - devido aos desníveis das pedras do calçamento - no Centro de Ubatã, teve sua construção, pavimentação e iluminação com lampião a querosene, representando um marco na infraestrutura urbana de Ubatã.

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Primeira rua do Arraial de Dois Irmãos(Ubatã), distrito  do municipio de Ipiaú, a ter infraestrutura pública, essencial para o desenvolvimento do município,  isso no governo do Intendente do muncipio de Ipiaú, o  ubatense Sandoval Fernandes Alcântara (PSD) - prefeito nomeado à época pelo governador da Bahia com a anuência do presidente da República Getúlio Vargas.

 Desmembrado de Ipiaú, pelo governador da Bahia Régis Pacheco, em 1952 (Lei n° 514 de 12.12),  Ubatã só em 1954, elegeu Sandoval Fernandes Alcântara, primeiro prefeito do municipio. Antes, entre setembro de 1954 e abril de 1955, o municipio foi administrado pelo Gestor de Negócios Municipais, Arnaldo Azevedo, o qual organizou a estrutura administrativa e preparou a 1ª eleição a ser realizada em 3 de outubro do 1954. No ano seguinte, abril de 1955, o Gestor de Negócios Municipais, Arnaldo Azevedo,  criou o Paço Municipal e a Câmara de Vereadores nesta rua para receber o prefeitos e os oitos vereadores eleitos pelo povo.

A rua da tropa passou a ter a sede da administração pública e o Centro Comercial de Ubatã:  o 1º Cartório Civil; a 1ª Delegacia de Polícia, a 1ª Creche, o 1º Posto de Saúde, a primeira sede da Empresa Brasileira de Correios (EBC) - que voltou ao mesmo lugar -, as duas primeiras pensões de dona Antoninha e dona Agapita, e os dois primeiros consultórios médicos de Ubatã, dos clínicos gerais Drs. Mário Tavares e César Monteiro Pirajá. 

Nesta época , quando a rua foi construída e pavimentada, Zé Vicente, pela manhã trabalhava vendendo pão casa a casa e a tarde depois por do Sol acendia os lampiões a querosene instalados para clarear a rua. 

Em 31 de outubro de 2013, numa reunião do Colegiado do Território Médio Rio das Contas, o jornalista de Ipiaú, José Américo de Castro, propôs e aprovado por todos presentes que a rua fosse tombada como Patrimônio Histórico e Cultural de Ubatã.

Por Wesley Faustino: historiador, pesquisador, escritor, especialista em Gestão Pública e Gestão Ambiental e ex-vice-prefeito de Ubatã. (Interiorano)

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