Uma onda de conscientização e solidariedade percorreu as ruas de Ubatã na manhã deste sábado (26), durante mais uma edição da passeata anual "Quebrando o Silêncio". Centenas de pessoas se uniram para expressar seu repúdio ao estupro de mulheres, crianças e adolescentes, destacando a importância de enfrentar e prevenir essa realidade angustiante.
Promovida pela Igreja Adventista, a manifestação percorreu diversos trechos da cidade, incluindo as movimentadas de Camamuzinho, culminando em um encerramento simbólico na Praça Rui Barbosa. A Igreja Adventista em Ubatã tem sido um fervoroso defensor do Movimento "Quebrando o Silêncio", que a cada ano traz à tona um tema crucial para discussão e conscientização.
Desde o ano de 2002, a Igreja Adventista do Sétimo Dia promove o projeto "Quebrando o Silêncio" em oito países da América do Sul: Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, Equador, Paraguai, Peru e Uruguai. A iniciativa tem um caráter educativo e preventivo, buscando combater o abuso e a violência doméstica que afetam tantas vidas.
Embora a campanha se estenda ao longo do ano, é no quarto sábado do mês de agosto que acontece um dos momentos mais significativos: o "Dia de Ênfase Contra o Abuso e a Violência". Nesse dia, ocorrem passeatas, fóruns, eventos educacionais contra a violência e manifestações em toda a América do Sul, reforçando o compromisso de luta contra essa chaga social.
A cada edição, um tema é cuidadosamente selecionado para ser abordado, a fim de conscientizar a comunidade, denunciar agressores e estender apoio às vítimas. A participação ativa da Igreja Adventista e de centenas de cidadãos reflete uma conscientização crescente sobre a gravidade da violência e abuso contra mulheres, crianças e adolescentes.
De acordo com dados alarmantes, a violência contra a mulher é um problema generalizado em todo o mundo. No Brasil, estatísticas indicam que a cada 7.2 segundos uma mulher é vítima de agressão física, e a cada duas horas uma mulher é assassinada. Ações como a passeata "Quebrando o Silêncio" desempenham um papel crucial ao chamar a atenção para esses problemas e estimular uma mudança de atitude em relação à violência de gênero.
A edição deste ano, em Ubatã, não só reforça a luta contínua contra o abuso e a violência, mas também serve como um lembrete de que a solidariedade e a conscientização são as ferramentas fundamentais para a construção de uma sociedade mais segura e igualitária para todos. (Interiorano)