Itagibá e Ipiaú registraram os maiores índices de perdas na distribuição de água em 2024, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). O volume desperdiçado chega a 33% em Itagibá e 31,27% em Ipiaú, bem acima do limite de 25% estabelecido pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional. (Interiorano)
Itagibá e Ipiaú são as cidades da região com os maiores índices de desperdício na rede de abastecimento de água, de acordo com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SINISA), ano de referência 2024.
Em Itagibá, as perdas chegam a 33% e, em Ipiaú, a 31,27%. Os números ultrapassam o patamar considerado aceitável pela Portaria 490/2021 do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que estabelece até 25% como índice “excelente” de desperdício na distribuição.
Na região, outros municípios também apresentam índices elevados: Ibirapitanga (27,10%), Aiquara (26,21%) e Gongogi (26,02%). Já Ubatã (23,09%), Ibirataia (22,68%), Itagi (19,94%) e Jitaúna (17,05%) estão dentro da faixa recomendada.
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As perdas representam o volume de água desperdiçado antes de chegar às torneiras, causado por vazamentos na rede, falhas de medição ou consumo irregular. Além do impacto ambiental, o problema eleva os custos de produção, reduz a receita das companhias de saneamento e prejudica os consumidores.
A situação de Itagibá preocupa ainda mais porque apenas 62,97% da população tem atendimento com rede de abastecimento. Desse total, 70,14% dos domicílios contam com acesso. Em Ipiaú, o índice de atendimento é mais amplo: 90,82% da população e 93,58% dos domicílios estão conectados à rede.
Em Ubatã, 70,86% da população total é atendida, com cobertura de 98,70% da população urbana. Nos domicílios, o índice chega a 86,58%.
Especialistas alertam que reduzir o desperdício é medida estratégica em tempos de mudanças climáticas e maior pressão sobre os recursos hídricos especialmente no Rio de Contas. Segundo eles, melhorar a eficiência na gestão é fundamental para garantir a disponibilidade de água no futuro sem sobrecarregar mananciais já ameaçados. (Interiorano)