Três novas marcas de café foram desclassificadas pelo Ministério da Agricultura por apresentarem irregularidades na composição. As análises encontraram impurezas, matérias estranhas e micotoxinas em níveis superiores ao permitido. A orientação é que consumidores deixem de consumir os produtos e denunciem possíveis vendas. (Interiorano)
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou, nesta sexta-feira (25), uma nova lista de marcas de café torrado classificadas como impróprias para o consumo humano. Os produtos das marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial foram desclassificados após apresentarem níveis de impurezas e micotoxinas acima do permitido por lei.
Comercializados como “pó para preparo de bebida sabor café”, esses produtos ficaram conhecidos como café fake. As embalagens costumam imitar marcas tradicionais e trazem a verdadeira descrição em letras pequenas, dificultando a identificação por parte do consumidor. Além disso, têm preço mais baixo e são vendidos como se fossem pó de café tradicional.
As análises laboratoriais apontaram a presença de matérias estranhas — como pedras, sementes de outras plantas e areia — e impurezas como galhos e cascas. Pela legislação brasileira, o limite máximo permitido é de 1%. Também foram detectados níveis elevados de micotoxinas, substâncias tóxicas produzidas por fungos, o que agrava o risco à saúde.
Em abril, o próprio governo federal afirmou que esse tipo de produto não pode ser considerado alimento, por não atender aos critérios mínimos exigidos. À época, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), Hugo Caruso, revelou que produtos de três marcas apreendidos em fevereiro não continham café em sua composição — mas os nomes não haviam sido divulgados.
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Após o resultado das novas análises, o Ministério notificou as empresas responsáveis e orienta os consumidores a interromperem imediatamente o uso desses produtos. Com base no Código de Defesa do Consumidor, é possível solicitar a substituição.
Caso as marcas ainda estejam sendo vendidas, o Mapa pede que os consumidores registrem a denúncia na plataforma oficial Fala.BR, informando o nome e o endereço do ponto de venda. (Interiorano)