Nesta quarta-feira (22), a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou ter requisitado "informações detalhadas" às autoridades chinesas, visando compreender um surto de pneumonia que afeta crianças, causando inquietação em diferentes cidades da China.
O alerta foi emitido após o programa de vigilância da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas expressar "preocupação" com a situação, pedindo por informações conclusivas sobre a dimensão do surto. Embora não tenham sido relatados óbitos até o momento, houve um aumento súbito nas hospitalizações de crianças em áreas como Pequim e Liaoning, distanciadas por 800 km.
Segundo a OMS, o crescimento de doenças respiratórias foi notificado pela Comissão Nacional de Saúde em 13 de novembro, ligando-o à suspensão de restrições contra a Covid-19 e ao aumento na circulação de agentes infecciosos conhecidos, incluindo o vírus sincicial respiratório (VSR) e SARS-CoV-2, entre outros.
A organização demandou, nesta quarta-feira (22), informações detalhadas sobre a epidemiologia, aspectos clínicos e resultados laboratoriais dos episódios relatados entre as crianças, utilizando o mecanismo de Regulamentações Internacionais de Saúde.
Enquanto isso, o sistema ProMED, da Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, emitiu um alerta baseado em relatos da mídia taiwanesa FTV News. O relato sugere um surto generalizado de uma doença respiratória não identificada, afetando diversas áreas da China, sem menção de casos em adultos.
A situação na China, sem relatos de mortes, mas com aumento nas internações, levanta questões sobre a natureza do agente infeccioso e a resposta do sistema imunológico das crianças afetadas, pondera a infectologista. O contexto, marcado por mudanças nos padrões de circulação viral, destaca a importância contínua da vigilância global da saúde.
O monitoramento constante de surtos e a rápida obtenção de informações detalhadas são essenciais para a compreensão e controle de potenciais ameaças à saúde pública, garantindo a eficácia das medidas preventivas e de intervenção. (Interiorano)
Foto: Arquivo/Mark Schiefelbein/ AP
