A manhã desta quarta-feira, dia 22, foi marcada por uma denúncia contundente da moradora Lene, residente na Fazenda Gongogi, que trouxe à tona um problema crônico enfrentado pelas instituições de ensino do município: a constante falta de merenda, afetando diretamente a rotina educacional das crianças em Gongogi, no sul da Bahia.
De acordo com Lene, as carências na oferta de alimentação escolar têm sido recorrentes desde o início do ano letivo, o que resulta na liberação antecipada dos alunos das escolas e creches locais, impactando negativamente seu aprendizado.
"Sempre falta merenda, e por isso, as crianças são liberadas mais cedo das instituições de ensino, prejudicando a aprendizagem", denuncia a moradora. Ela ressalta a necessidade urgente de uma posição oficial por parte do secretário de educação para esclarecer os motivos dessa ausência recorrente de alimentos nas escolas.
Segundo o relato de Lene, quando a merenda não está disponível, as crianças são obrigadas a sair por volta das 10h da manhã. Ela expressa esperança de que essa situação, que afeta diretamente o bem-estar e o desenvolvimento educacional dos jovens estudantes, seja solucionada o mais rápido possível.
Em resposta ao questionamento, o prefeito Adriano Mendonça esclareceu que os custos associados à merenda são substanciais e que o repasse mensal de R$18 mil pelo governo federal para esse fim não cobre integralmente as demandas.
Ele salientou que a contrapartida necessária do município é de R$60 mil por mês, uma quantia que, em meio à queda de receita enfrentada ao longo deste ano, torna-se difícil de ser integralmente coberta pela gestão pública. Esta dificuldade tem ocasionado, por vezes, atrasos na entrega dos insumos alimentares às escolas e creches.
O prefeito argumentou ainda que a escassez de merenda não é algo corriqueiro e que a administração tem se empenhado para resolver essa questão até o ano de 2024, buscando manter a prestação desse serviço essencial. (Interiorano)