A Acelen, operadora da Refinaria de Mataripe, anunciou um aumento no preço do gás de cozinha, que pode chegar a R$ 8 por botijão. Em contrapartida, a gasolina teve redução de 2,7%, passando de R$ 3,16 para R$ 3,08, e o diesel S10 caiu 5%, chegando a R$ 3,79 por litro. A empresa afirma que os ajustes seguem critérios técnicos e variações internacionais do mercado de petróleo. (Interiorano)
A Acelen, administradora da Refinaria de Mataripe, anunciou nesta quinta-feira (30) uma nova atualização nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. O reajuste, que entra em vigor a partir deste sábado (1º), prevê um aumento significativo no valor do botijão de gás, enquanto a gasolina e o diesel registram redução.
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Segundo o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), o gás de cozinha pode ficar até R$ 8 mais caro para o consumidor final. Esse aumento acompanha a alta dos preços internacionais do petróleo e a cotação do dólar, fatores que influenciam diretamente o valor do produto no Brasil.
Em nota, a Acelen afirmou que seus reajustes seguem critérios técnicos e que a empresa adota uma política de preços transparente.
"Os valores dos nossos produtos são definidos considerando variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete, podendo variar para cima ou para baixo", informou a refinaria.
Ao mesmo tempo em que o gás de cozinha terá um aumento, a gasolina vendida pela refinaria será reduzida em 2,7% para as distribuidoras. Com isso, o preço do litro cairá de R$ 3,16 para R$ 3,08. Já o diesel S10, combustível mais comercializado no país, terá uma redução de 5%, passando de R$ 3,99 para R$ 3,79 por litro.
Este é o primeiro corte no preço do diesel realizado pela Acelen desde dezembro do ano passado. Desde então, a refinaria havia elevado os valores do combustível quatro vezes consecutivas, refletindo oscilações no mercado global de petróleo.
Apesar da redução nos preços da gasolina e do diesel, o repasse dos ajustes para o consumidor dependerá das distribuidoras e postos de combustíveis. Em geral, as reduções podem levar alguns dias para serem sentidas nas bombas, enquanto os aumentos costumam ser aplicados de forma mais imediata.
O aumento do gás de cozinha pode impactar diretamente o orçamento das famílias baianas, principalmente as de baixa renda, que já enfrentam dificuldades com o custo de vida elevado. Segundo dados do IBGE, o gás de cozinha é um dos principais itens da cesta básica dos brasileiros, e qualquer variação no seu preço tem grande impacto na economia doméstica.
A Refinaria de Mataripe, administrada pela Acelen e pertencente ao grupo Mubadala, é a segunda maior refinaria do Brasil. A unidade responde por 14% da capacidade total de refino do país, além de abastecer 42% da demanda do Nordeste e 80% do mercado baiano.
Desde sua privatização, a refinaria tem adotado uma política de preços alinhada ao mercado internacional, diferente da Petrobras, que costuma seguir diretrizes do governo federal. Isso tem levado a reajustes frequentes nos combustíveis na Bahia, tornando os preços mais voláteis do que em outras regiões do país.
O governo do estado e entidades de defesa do consumidor têm monitorado os impactos desses reajustes, especialmente no gás de cozinha, que afeta diretamente a população. Enquanto motoristas podem ter um alívio no abastecimento, o impacto no preço do botijão preocupa consumidores.
Em tempo, a expectativa agora é observar como esses reajustes serão aplicados pelos revendedores e se haverá novas alterações nos próximos meses. (Interiorano)