TRF1 mantém desligamento de estudante de medicina após 26 anos na UFPI
Com índice de rendimento de 3,63 e apenas 32,9% do curso concluído, aluno é jubilado; decisão reafirma autonomia universitária e priorização de recursos públicos.
- Interiorano
25/01/2025 10h53 - Atualizado há 1 dia
Foto: Freepik
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A 12ª turma do TRF1 determinou o desligamento de um estudante de medicina da UFPI, que após 26 anos completou apenas 32,9% da carga horária do curso e obteve baixo desempenho acadêmico. O aluno alegou desproporcionalidade, mas a juíza Rosimayre Gonçalves destacou a legalidade da decisão e a autonomia das universidades para jubilar estudantes que não atendem aos critérios mínimos. (Interiorano)
Em Brasília, a 12ª turma do Tribunal Regional Federal da 1ª região (TRF1) decidiu, na quarta(22) que um estudante de medicina(nome não divulgado) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) vai ter que fazer uma pausa forçada na sua carreira acadêmica. E não foi por causa de férias prolongadas ou uma viagem ao exterior, mas sim porque ele foi reprovado pela terceira vez consecutiva! Sim, você leu certo: três vezes!
► Novidade: faça parte do canal do Interiorano no WhatsApp (clicando aqui). Após 26 anos de "dedicação" à UFPI, ao curso de medicina, o estudante conseguiu concluir apenas 32,9% da carga horária do curso. Para quem não sabe, isso significa que ele passou mais tempo na universidade do que muitos alunos passam na escola, e ainda assim só completou 1.620 horas de um total de 9.105. Se isso é um talento especial para se manter na fila da reprovação.
Ele ainda conseguiu um índice de rendimento acadêmico de 3,63 - um feito digno de um medalhista de participação. Ao ser desligado, o estudante argumentou que isso foi “desproporcional e desarrazoado”, como se o investimento em sua formação tivesse sido um daqueles pacotes de férias que você compra e não usa. A juíza federal convocada para relatar o processo, Rosimayre Gonçalves, não se deixou levar por lágrimas e afirmou que não havia ilegalidade no desligamento. Afinal, as universidades têm autonomia para decidir quem fica e quem sai. E, segundo ela, é "perfeitamente razoável que as instituições possam jubilar alunos que não seguem as regras".
Por Wesley Faustino: pesquisador, historiador, escritor, host do PodCastdoChefe, especialista em Gestão Publica e Gestão Ambiental e ex-vice-prefeito de Ubatã
FONTE: Por Wesley Faustino