13/12/2024 às 16h15min - Atualizada em 13/12/2024 às 16h15min
Prefeito de Ubatã tem o maior salário da região mesmo sem reajuste
Câmara Municipal não votará aumento de vencimentos, mas prefeito Tinho continua no topo da remuneração entre gestores locais, recebendo R$ 24 mil.
Por Garcia Junior - Interiorano
@reportergarciajunior
Foto: reprodução facebook Apesar da decisão do presidente da Câmara Municipal de Ubatã, Gabriel Nascif (PT), divulgada nesta sexta-feira (13), de não votar o reajuste de salários para prefeito, vice-prefeito, vereadores e secretários, o prefeito Tinho (PT) segue como o gestor mais bem remunerado da região.
► NOVIDADE: faça parte do canal do Interiorano no WhatsApp (clicando aqui). O salário atual do prefeito é de R$ 24 mil, enquanto o vice-prefeito recebe R$ 12 mil, os secretários R$ 7.200,00 e os vereadores R$ 8.353,55. Comparado a municípios vizinhos, os valores chamam atenção. Em cidades como Gongogi, o salário do prefeito será de R$ 15 mil em 2025; em Ipiaú, a prefeita recebe R$ 22.413,23; em Jequié, R$ 22 mil; e em Barra do Rocha, R$ 17 mil. Mesmo com o reajuste previsto para janeiro de 2025, prefeitos de cidades como Ubaitaba (R$ 21 mil) e Ibirapitanga (R$ 23.900) ainda ficarão abaixo da remuneração de Ubatã.
Gabriel Nascif justificou a decisão de barrar o aumento salarial com base na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). A legislação impede que despesas com pessoal sejam elevadas nos últimos 180 dias de um mandato.
“Essa decisão é uma questão de responsabilidade com as finanças públicas,” afirmou o presidente da Câmara.
A discussão divide opiniões na cidade. Enquanto alguns, como Maria das Dores, moradora de Ubatã, criticam os altos salários, dizendo que
“é difícil aceitar que gestores ganhem tanto enquanto a população enfrenta dificuldades financeiras,” outros defendem que remunerações atrativas são importantes para atrair gestores capacitados.
Caso fosse aprovado um reajuste com base nas perdas inflacionárias dos últimos quatro anos, o salário do prefeito de Ubatã subiria para R$ 30.487,00, o do vice-prefeito para R$ 15.243,90, o de secretários para R$ 9.146,34 e o de vereadores para R$ 9.641,67. No entanto, uma decisão do Juiz Carlos Eduardo Camilo, expedida em 2023, determinou que futuros reajustes devem respeitar a LRF, sob pena de multa pessoal de R$ 100 mil.
Além dos debates sobre remuneração, os municípios enfrentam desafios financeiros maiores. A necessidade de equilibrar as contas públicas enquanto se mantém serviços essenciais e se lida com cortes em transferências estaduais e federais pressiona ainda mais os gestores municipais. (Inteiorano)