Criminosos criam delegacia fake para exigir dinheiro de ubatense

 

Na noite desta segunda-feira (16), um cidadão ubatense de 34 anos trouxe à atenção do repórter Garcia Jr. uma nova modalidade de golpe que vem sendo executada de forma audaciosa em aplicativos de redes sociais. O relato descreve o encontro virtual com um suposto delegado que, por meio de uma chamada de vídeo, afirmou possuir um mandado de prisão para o ubatense, a ser executado na terça-feira (17), sob a alegação de necessidade de esclarecimentos sobre um suposto caso.

O criminoso, agindo de maneira cordial e persuasiva, evitou mencionar medidas legais imediatas, buscando resolver o suposto problema de forma "amigável". Alegadamente, a remoção da queixa seria possível mediante o pagamento de uma quantia em dinheiro, o que, segundo o falso delegado, evitaria a necessidade de medidas mais rigorosas, como o acesso ao sigilo telefônico.

No entanto, uma análise cuidadosa revela que a suposta delegacia apresentada no vídeo é fictícia e teria origem no Rio Grande do Sul, com o número de contato utilizado no golpe sendo identificado como 48 9147-2913 e o perfil no WhatsApp sendo claramente falso. Uma fonte policial, consultada pelo interiorano, destacou que, além das chamadas de vídeo, os criminosos também recorrem a mensagens de áudio como parte de sua abordagem coercitiva.

Evidências sugerem que os vídeos produzidos pela quadrilha gaúcha foram utilizados por grupos criminosos em outras regiões do país. No entanto, graças à consciência da vítima sobre os esquemas fraudulentos, o cidadão ubatense conseguiu manter a calma durante o incidente e evitar cair na armadilha. É importante salientar que o indivíduo não possui antecedentes criminais e permanece alheio a qualquer processo judicial.

As autoridades locais e especialistas em segurança cibernética enfatizam a importância da vigilância contínua e da educação sobre os perigos potenciais associados às interações virtuais, especialmente em ambientes digitais propensos a atividades criminosas cada vez mais sofisticadas e manipuladoras. A conscientização é a melhor defesa contra os golpes virtuais e os ataques cibernéticos, e os cidadãos são incentivados a relatar quaisquer comportamentos suspeitos às autoridades competentes. (Interiorano)