A disputa pelo Legislativo de Ubatã está mais acirrada do que nunca. Com 49 candidatos competindo por apenas 11 vagas, cada cadeira representa um sonho para quase cinco postulantes. A análise dos números revela um cenário competitivo e dinâmico, que promete movimentar as eleições municipais de 2024.
► NOVIDADE: faça parte do canal do Interiorano no WhatsApp (clicando aqui). Nos últimos anos, o número de candidatos a vereador em Ubatã vem diminuindo. Em 2012, eram 100 concorrentes; em 2016, o número caiu para 82, e em 2020, eram 70 candidatos. Este ano, com apenas 49 candidatos registrados, a média de concorrência é a menor já registrada, com 4,45 candidatos por vaga.
Essa mudança reflete não só um cenário político mais seletivo, mas também as novas dinâmicas do sistema eleitoral brasileiro. Os partidos Avante, PSD, PT, PSDB e Republicanos são os principais protagonistas nesta disputa. Cada um deles apresentou seus nomes, com o Avante, PSD e PT liderando a lista com 12 candidatos cada, seguidos pelo PSDB com 8 e o Republicanos com 5 nomes.
Dos 11 vereadores que atualmente ocupam as cadeiras na Câmara Municipal, 8 buscam a reeleição. No entanto, os outros três optaram por indicar familiares para continuar o legado político. Isso adiciona uma camada extra de estratégia e complexidade à disputa, já que a sucessão dentro das famílias pode trazer tanto continuidade quanto desafios internos.
Mas a eleição para vereador não é apenas uma questão de votos; é um verdadeiro quebra-cabeça político. O sistema proporcional de votação no Brasil exige que os candidatos e partidos cumpram dois requisitos para garantir uma vaga: 1. ter votação equivalente a pelo menos 10% do quociente eleitoral; e 2. estar dentro das vagas a que o seu partido ou federação terá direito — isso é determinado pelo quociente partidário.
O quociente eleitoral é uma fórmula que divide o número total de votos válidos pelo número de cadeiras disponíveis. Em Ubatã, isso significa que, com base na última eleição, onde 9.806 votos foram validados e o quociente eleitoral foi de 891 votos, os candidatos precisam de uma boa estratégia para superar essa barreira.
O desafio não termina aí. Mesmo após atingir o quociente eleitoral, pode haver vagas não preenchidas, o que leva ao cálculo das sobras. Nessa etapa, os partidos que atingem pelo menos 80% do quociente eleitoral e cujos candidatos obtiveram pelo menos 20% desse quociente entram em uma nova disputa pelas vagas remanescentes.
É aqui que o jogo político se intensifica, com cada partido tentando maximizar suas chances de conquistar uma dessas preciosas cadeiras. Neste cenário complexo, o resultado da eleição não depende apenas da popularidade dos candidatos, mas também da habilidade dos partidos em navegar pelo sistema eleitoral. Será uma eleição marcada por estratégia, alianças e, possivelmente, surpresas.
Com a votação se aproximando, o clima político em Ubatã está cada vez mais quente. A pergunta que fica no ar é: quais candidatos conseguirão decifrar esse quebra-cabeça eleitoral e garantir seu lugar na Câmara Municipal? (Interiorano)