26/06/2024 às 08h46min - Atualizada em 26/06/2024 às 08h46min
Quadrilha da Escola Luiz Viana aborda seca, fome e a beleza do Nordeste
Com uma apresentação repleta de simbolismo e crítica social, a Quadrilha da Escola Luiz Viana Neto destacou a cultura nordestina.
Por Garcia Junior - Interiorano
@reportergarciajunior
Foto: Garcia Jr/Interiorano A Quadrilha da Escola Luiz Viana Neto, localizada em Ubatã, no sul da Bahia, quebrou um ciclo de apresentações de quadrilhas juninas ao trazer temas relevantes e emocionantes em sua performance durante a edição do Arraiá da Educação e o Festival de Quadrilhas Juninas, no Forró da Xavier. A apresentação, composta por 15 casais da escola da rede municipal e dois jovens do teatro, foi aplaudida por sua criatividade e profundidade temática.
► NOVIDADE: faça parte do canal do Interiorano no WhatsApp (clicando aqui). A coreografia, assinada por Rodrigo Paixão, iniciou-se com um velho dando as boas-vindas ao povo nordestino, seguida por Maria e Joana abordando a seca, e José e João discutindo as dificuldades e sofrimentos. A apresentação contou com a participação de Yasmin Miranda Nepomuceno como a cascavel, uma cobra típica do Nordeste, e Tarcio Souza dos Santos como o carcará, uma ave conhecida na região. Outro ponto alto foi a interpretação de Maria Clara Santos Souza como Dadá, a rainha do cangaço.
O enredo abordou a seca, fome, miséria e as belezas únicas do Nordeste, trazendo à tona temas relevantes através de uma mistura de dança e teatro. Os personagens incluíram um irmão das almas, responsável pela fome e sofrimento, interpretado por Robert Henrique, e uma mãe amorosa interpretada por Karyllane Odorico. Os noivos Emilly Caló e Ícaro Henrique fizeram uma bela declaração de amor durante a apresentação.
O "Velho Chico", interpretado por Aljones Carlos dos Santos, de 19 anos, trouxe à cena a importância do Rio São Francisco para a geração de energia e como contador de histórias. Aljones expressou sua paixão pela arte e como ela ajudou a superar sua ansiedade, destacando a gratificação de fazer parte deste espetáculo.
A apresentação da quadrilha foi acompanhada de músicas cuidadosamente escolhidas para se encaixar no contexto da história, oferecendo uma experiência rica e emocional para o público. Rodrigo Paixão, o coreógrafo, contou como recebeu o convite do diretor da escola, Gilvan Nascimento, e o desafio de montar a quadrilha com apenas dois dias de ensaios por semana. Rodrigo agradeceu a Filipe Liger pela orientação na criação do roteiro e descreveu o processo de seleção dos personagens e montagem da coreografia.
"Meu primeiro encontro com os meninos foi na última semana de abril, e começamos os ensaios na primeira semana de maio. No início, não fazia ideia do que montar na quadrilha, mas com a ajuda e inspiração de Filipe, conseguimos criar algo belo e significativo," relatou Rodrigo.
Estamos ansiosos para ver o que a Quadrilha da Escola Luiz Viana Neto tem a nos apresentar em 2025. Com certeza, será mais um espetáculo memorável que marcará a história da educação e do Festival de Quadrilhas Juninas! (Interiorano)