12/06/2024 às 13h25min - Atualizada em 12/06/2024 às 13h25min

Amanda Carvalho e equipe do Creas alertam sobre os perigos do trabalho infantil em Ubatã

A conversa destacou os esforços contínuos para erradicar essa prática prejudicial e proteger os direitos das crianças e adolescentes na cidade.

Por Garcia Junior - Interiorano
@reportergarciajunior
Foto: Divulgação / Ascom
O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho, foi o tema central da entrevista concedida na Rádio Povo pela secretária de Assistência Social de Ubatã, Amanda Carvalho. Acompanhada pela coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Nilmare Bernardino, a psicóloga Suiane Santana e a assistente social Paula Refosco, Amanda ressaltou a urgência de conscientizar a população sobre os graves impactos do trabalho infantil no desenvolvimento das crianças.
"A data foi criada para conscientizar as pessoas sobre a violação dos direitos das crianças e os efeitos prejudiciais que o trabalho infantil exerce no desenvolvimento físico e emocional desses jovens", afirmou Amanda Carvalho, destacando que o trabalho infantil não só impede o acesso à educação, mas também priva as crianças de uma infância saudável e feliz.

A narrativa tomou um tom ainda mais sério com a fala da coordenadora do Creas, Nilmare Bernardino. Ela explicou as ações do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI), que promove uma agenda intersetorial envolvendo diversas políticas públicas e atores da rede de proteção à criança.
 
"Estamos fortalecendo uma agenda que coordena ações para prevenir e erradicar o trabalho infantil, garantindo que cada criança tenha a chance de um futuro melhor", disse Nilmare.

A psicóloga Suiane Santana esclareceu que nem toda atividade realizada por crianças é considerada trabalho infantil. Ela explicou que a participação em tarefas que não prejudicam a saúde, o desenvolvimento pessoal ou a escolaridade pode até ser benéfica.
 
"O trabalho infantil é aquele realizado em detrimento ou risco para a criança, que viola leis e impede o direito à educação", explicou Suiane, enfatizando que o foco deve ser eliminar práticas nocivas que sobrecarregam e exploram os jovens.

A assistente social Paula Refosco complementou as explicações legais, destacando que no Brasil o trabalho é proibido para menores de 16 anos, exceto na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. Ela ressaltou a importância de aplicar rigorosamente essas leis para proteger as crianças.
 
"O trabalho infantil é uma grave violação dos direitos humanos e impede o desenvolvimento saudável das crianças", afirmou Paula. "É crucial reforçar a aplicação das leis que proíbem o trabalho infantil e punir aqueles que exploram crianças."

A entrevista também abordou os efeitos devastadores do trabalho infantil, que vão além da privação escolar e afetam todas as áreas do desenvolvimento infantil. "Estamos comprometidos em garantir que nossas crianças tenham uma infância segura, saudável e feliz, longe do trabalho infantil", concluiu Amanda Carvalho. (Interiorano)


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